Após
o falecimento de sua mãe Gladys no dia 14 de agosto de 1958, o exército
lhe concedeu alguns dias de folga adicionais. Ele passa a semana em
Memphis, onde sua banda se empenha em lhe ocupar a mente: Elvis vai ao
cinema, passa as noites no Rainbow Rolerdrome e tem aulas de caratê,
esporte recentemente descoberto no exército. Até mesmo o comando
rodoviário do Tennessee o leva para dar voltas de helicópetero com o
objetivo de lhe ajudar a superar a dor que ainda estava presente em seu
semblante.
Elvis e Gladys eram muito ligados. E a perda da mãe foi algo fatal na vida de Elvis. Fato esse que ele nunca superou.
Segundo o próprio Elvis, no enterro de sua amada mãe, afirma ter vivido só para ela e por ela.
Elvis se questionava: "Por
que foi preciso que Deus a chamasse primeiro? Que pecado ela teria
cometido para que lhe fosse infligido tamanho castigo? Seria esse o
preço a se pagar por tanto sucesso? Seus pensamentos o perturbavam.
Em
25 de Agosto, ao lado do pai e de algumas pessoas mais próximas, Elvis
volta para Fort Hood para concluir o treinamento que o levaria para a
Alemanha já em meados de setembro. Ele recebe centenas de telegramas e
cem mil cartas de condolências.
Enquanto
isso, Elvis se preparava para embarcar e se juntar a 3ª Divisão blindada,
estacionada perto de Frankfurt, na República Federal da Alemanha.
Na noite do dia 19 de setembro, Elvis toma lugar no trem militar que conduzirá para Brooklyn, porto de embarque.
Os
fãs acompanharam Elvis nessa travessia pelo país que o aclamavam em
todas as estações. Foi uma loucura! Fãs choravam, gritavam. Afinal, seu
jovem ídolo estava partindo para longe.
Assim
que Elvis chega a Brooklyn, atende a coletiva de imprensa, onde
responde perguntas sobre sua carreira militar, sua música e sua mãe.
Ele oferece um sincero relato de luto:
"Todos
perdem suas mães, mas eu era apenas uma criança e mamãe estava sempre
comigo por toda a minha vida. E não foi somente como perder uma mãe, foi
como perder uma amiga, uma companheira, alguém com quem conversar. Eu
podia acordá-la a qualquer hora da noite se eu estivesse preocupado ou
aborrecido com alguma coisa... ela levantava e tentava me ajudar."
Chega a hora de embarcar. Apenas os fotógrafos estão autorizados a
avançar até a passarela. De farda, Elvis carrega sua bagagem e segue à
proa do USS General Randall. Elvis se despede do pai e entra no trem.
Durante a viagem, Elvis se junta a um amigo cantor chamado Charlie Hodge, que conheceu no trem da tropa de Brooklyn e juntos encarregam-se de um show de talentos. Mas Elvis não parecia tão animado. Depois da morte de sua mãe, ele se sentia triste, sozinho e sem rumo.
O desembarque dos recrutas deveria se dar ao abrigo dos olhares indiscretos, mas não foi surpresa, quando um batalhão de fotógrafos e centenas de fãs alemães vieram acolhê-lo. Elvis recebe um bom número de propostas para fazer turnês européias e sabe que sua fama ultrapassa fronteiras. Mas não esperava encontrar em terras alemães uma admiração comparável à sua própria casa.
Na Alemanha Ocidental, Elvis participa de outra coletiva de imprensa e mais apresentações e cumprimentos durante os primeiros dias. Vernon e sua mãe, Minnie Mae - a quem Elvis tinha carinhosamente apelidado de 'Dodger' desde quando ela tinha se abaixado para se esquivar de uma bola atirada por ele em sua direção quando criança - estabeleceram residência junto com Elvis e seus amigos Red West e Lamar Fike em dois hotéis: um em Bad Homburg, perto de Frankfurt; o outro em Bad Nauheim, a cerca de 20 minutos da base.
Apesar das limitações da língua, a República Federal Alemanha representa um caso particular do Velho Continente. No que diz respeito aos esforços de democratização, e de americanização de um país que permanece símbolo do mundo livre diante do bloco comunista, os Estados Unidos não se contentaram em estacionar tropas e opor a cultura do chiclete e da Coca-Cola à doutrina Soviética.
Os fãs-Clubes dedicados a Elvis cresceram e seus autógrafos e fotos eram negociados a preços impressionantes, seus discos fartamente tocados nas rádios, e o Rei do Rock' n' Roll tinha até mesmo imitadores, dentre os mais dedicados estava Peter Kraus. Seus filmes lotavam as salas dos cinemas e lançaram a moda da calça blue jeans na Alemanha. Elvis odiava jeans. Para ele era sinônimo de regressão social. Ele as usou apenas nos filmes.
O vírus Elvis não se limitava apenas à Alemanha Oriental e se estendeu igualmente à União Soviética. Em Moscou seus discos foram pirateados. Foi uma febre!
Enquanto isso, Elvis tinha que acordar às cinco e meia da manhã, tomar o café preparado por Dodger e sair para a base às seis e meia e voltar para o almoço e jantar. A única exceção, era na sexta-feira, quando Elvis e seus amigos soldados tinham de ficar até tarde da noite limpando os banheiros e seus alojamentos para a inspeção semanal na manhã seguinte. Se passou muito tempo desde que o Rei foi desobrigado de fazer quaisquer dessas tarefas, embora ele tenha se engajado com os outros soldados e feito o melhor para ser percebido - durante o dia, pelo menos - como um rapaz normal.
LEIA A PARTE FINAL AQUI
Fonte: 'Elvis Presley e a Revolução do Rock'
Adaptção: Simone Fernandes
Durante a viagem, Elvis se junta a um amigo cantor chamado Charlie Hodge, que conheceu no trem da tropa de Brooklyn e juntos encarregam-se de um show de talentos. Mas Elvis não parecia tão animado. Depois da morte de sua mãe, ele se sentia triste, sozinho e sem rumo.
O desembarque dos recrutas deveria se dar ao abrigo dos olhares indiscretos, mas não foi surpresa, quando um batalhão de fotógrafos e centenas de fãs alemães vieram acolhê-lo. Elvis recebe um bom número de propostas para fazer turnês européias e sabe que sua fama ultrapassa fronteiras. Mas não esperava encontrar em terras alemães uma admiração comparável à sua própria casa.
Na Alemanha Ocidental, Elvis participa de outra coletiva de imprensa e mais apresentações e cumprimentos durante os primeiros dias. Vernon e sua mãe, Minnie Mae - a quem Elvis tinha carinhosamente apelidado de 'Dodger' desde quando ela tinha se abaixado para se esquivar de uma bola atirada por ele em sua direção quando criança - estabeleceram residência junto com Elvis e seus amigos Red West e Lamar Fike em dois hotéis: um em Bad Homburg, perto de Frankfurt; o outro em Bad Nauheim, a cerca de 20 minutos da base.
Apesar das limitações da língua, a República Federal Alemanha representa um caso particular do Velho Continente. No que diz respeito aos esforços de democratização, e de americanização de um país que permanece símbolo do mundo livre diante do bloco comunista, os Estados Unidos não se contentaram em estacionar tropas e opor a cultura do chiclete e da Coca-Cola à doutrina Soviética.
Os fãs-Clubes dedicados a Elvis cresceram e seus autógrafos e fotos eram negociados a preços impressionantes, seus discos fartamente tocados nas rádios, e o Rei do Rock' n' Roll tinha até mesmo imitadores, dentre os mais dedicados estava Peter Kraus. Seus filmes lotavam as salas dos cinemas e lançaram a moda da calça blue jeans na Alemanha. Elvis odiava jeans. Para ele era sinônimo de regressão social. Ele as usou apenas nos filmes.
O vírus Elvis não se limitava apenas à Alemanha Oriental e se estendeu igualmente à União Soviética. Em Moscou seus discos foram pirateados. Foi uma febre!
Enquanto isso, Elvis tinha que acordar às cinco e meia da manhã, tomar o café preparado por Dodger e sair para a base às seis e meia e voltar para o almoço e jantar. A única exceção, era na sexta-feira, quando Elvis e seus amigos soldados tinham de ficar até tarde da noite limpando os banheiros e seus alojamentos para a inspeção semanal na manhã seguinte. Se passou muito tempo desde que o Rei foi desobrigado de fazer quaisquer dessas tarefas, embora ele tenha se engajado com os outros soldados e feito o melhor para ser percebido - durante o dia, pelo menos - como um rapaz normal.
LEIA A PARTE FINAL AQUI
Fonte: 'Elvis Presley e a Revolução do Rock'
Adaptção: Simone Fernandes
Elvis Presley Rei do Rock de Simone Fernandes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
Baseado no trabalho em http://elvispresleyreidorock.blogspot.com/.
ótimo!
ResponderExcluirObrigada amigo!
ExcluirBeijos :)
Simone, lembro do vários filmes que eu assisti na minha infância com minhas irmãs ...filmes do Elvis...e ele até fez alguns que ele era soldado, não é?
ResponderExcluirBeijinhos no coração.
http://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/
Oi amiga, saudade!! Que bom receber sua visita!
ExcluirPois é, Elvis fez sim alguns filmes que era soldado.
Obrigada pela sua visita *__*
Beijinhos no ♥
Continuo lendo hehe. Abraço
ResponderExcluirrsrs... valeu pela força :)
ExcluirExcelente artículo, llevé tu enlace a mi sitio para poder seguir tus post.
ResponderExcluirAbrazos infinitos.
Gracias Cristina por su visita y por el cariño!
ExcluirUn beso :)
ResponderExcluirPaso a saludarte…
Vestida de felicidad,
Con rosas de paciencia
Y aromas de prudencia.
Deseando…
Que el fin de semana valla pasando
Enarbolando,
Los sueños que te vallan rozando.
Atte.
María Del Carmen
Muchas gracias amiga!
ExcluirDeseo lo mismo para tí :)
Besos *--*