Todos sabemos que uma das características de Elvis em palco era a sua sensualidade. Mas essa característica notável não foi muito bem vista e recebida pela mídia e pelo público 'adulto' no início de sua carreira nos anos 50.
Elvis tinha uma maneira diferenciada de cantar, de dançar, de falar. E toda aquela forma de expressão era muito mal criticada na época.
Ele influenciou boa parte da sociedade 'conservadora' em que vivia. E para aquele tempo, Elvis era muito avançado até mesmo em seu estilo de se vestir. Mas a sociedade não soube aceitar e ver com bons olhos sua maneira inovadora de ser.
Sua música, sua voz, sua dança, eram provocantes, insinuantes demais para uma época em que o conservadorismo era algo em potência.
Elvis tinha uma reputação nada positiva. Sua maneira de dançar e mexer os quadris, eram visto como rebeldia, indecência, vulgaridade e imoralidade.
"Quando eu canto rock 'n' roll, fecho os olhos e mexo as pernas sem me dar conta, mas isso não tem nada de feio", afirma Elvis.
Aqueles que se ofendiam com seu rebolado e sua total influência nos jovens, logo se referiam a ele como 'Elvis The Pelvis', inventado por um jornalista de Jackson, no Mississippi. Elvis odiava que se dirigissem à ele daquela forma.
"Não gosto que me chamem de 'Elvis, o Pelvis'. Acho isso particularmente infantil da parte dos adultos", desabafa.
Essa expressão abominada por Elvis, reforçava ainda mais sua popularidade na juventude e fortalecia a ira dos pais.
Elvis era um sulista e a sociedade não via com bons olhos àqueles que viviam no sul. Já que boa parte da população era negra.
A música negra era rejeitada e proibida de tocar nas rádios e nos estabelecimentos públicos. Era considerada selvagem e de contexto sexual, devidos aos 'urros' introduzidos em algumas canções.
O cantor não se intimidou, sua influência musical era toda sulista. Pois cresceu em um ambiente de música negra. Todo o seu gingado e expressão vocal, eram de um negro. E isso não foi bem aceito aos olhos da sociedade 'preconceituosa' da época. Mas Elvis foi audacioso e fez o que ninguém teve coragem de fazer em público, cantou de uma forma que ninguém ousou cantar. Seu estilo era inovador, exuberante, estimulante. Ele conseguiu quebrar aquela barreira da música sulista com seu estilo de cantar.
Não foi nada fácil para Elvis ter que encarar a mídia e as críticas ofensivas a seu respeito.
"No palco ele rebola, limpa o nariz e sorri com a maior vulgaridade", comenta um jornalilsta.
Se jogando no palco, provocando reações de ultrajes nos pais que o consideravam vulgar.
Se jogando no palco, provocando reações de ultrajes nos pais que o consideravam vulgar.
"Os adolescentes brancos tinham um jeito curioso de dançar, sem requebrar as cadeiras. Dançar sem mexer as cadeiras, não tem sentido algum" explica o cantor de 'rhythm & blues, Hank Ballard, criador do 'Twist', ao destacar as diferenças culturais na América entre brancos e negros.
O ritmo acelerado e modo exuberante e extravagante de Elvis de cantar e dançar, era uma ofença as famílias americanas. Aquele rapaz era má influência para seus filhos.
Mães se uniram em protestos e circulavam com petições contra Elvis pelo bairro. Arremessavam ovos contra ele em algumas apresentações. Tudo que se referisse ao nome 'Elvis Presley' era motivo de desprezo, protesto e indiferença. Até uma juíza da infância resolveu assistir uma das apresentações ao vivo de Elvis, em 1956. A juíza Goody foi alertada pelo 'Comitê de Cidadãos' - ao final do show, ela entrega ao Coronel um ordem de acalmar seu artista, sob pena de ser preso.
Enfim, Elvis causa uma revolução no seu país de arrepiar os cabelos.
Elvis não compreendia o porquê de tanto rebuliço - "Esse tipo de reação me fez bastante mal no começo. Eu leio a bíblia e acredito que é Deus o responsável por tudo que nos acontece. Eu não cantaria se Deus não quisesse, se minha voz é assim é um dom de Deus."
"Pode-se ler nos jornais que o rock 'n' roll é motivo da deliquência juvenil, mas isso é ridículo. Vocês acham mesmo que esta música pode induzir os jovens a se revoltarem contra seus pais? Jogam nas minhas costas tudo o que acontece nesse páis. A deliquência juvenil, por exemplo. Dizem que sou vulgar. Jamais me viria a cabeça fazer coisas vulgares diante das pessoas. Meus pais não me educaram assim." Desabafa Elvis, transtornado.
Mas sua declaração e justificativa não foi aceita. Elvis havia ficado com um rótulo de deliquênte juvenil, drogado e pervertido sexual.
As rádios recusaram tocar seus discos. Receberam mais de 500 cartas em protesto. Os adolescentes fãs, se revoltaram e fizeram passeatas em frente ao WIEL, depois que um apresentador quebrou um de seus discos ao vivo.
Para amenizar essa imagem, em 26 de setembro de 1956, Elvis participa de uma campanha contra a deliquência juvenil. Iniciativa hábil do Coronel, que projeta em Elvis um cargo da razão e da ordem.
No mesmo dia, Elvis retorna a sua terra natal. A Feira Anual de Tupelo, a mesma que lhe permitiu iniciar a carreira a 11 anos atrás cantando 'Old Shep'. Ele faz 2 shows no campo esportivo numa multidão de mais de 15 mil espectadores. Na segunda apresentação, ele é obrigado a parar no meio da apresentação e pedir para o público se conter.
Aqueles que o rejeitaram, foram indiferentes e viram sua música como virulência em submissão aos demônios da cultura negra. Esses mandatários do município e o governador ultrarracista do Mississippi, lhe entregam várias distinções honorárias em grande pompa na presença de seus pais e passam a vê-lo com outros olhos.
Em 1957, a RCA lança um miniálbum com a música título 'Peace In The Valley" e 'Take My Hand, Precious Lord' ligadas à musica religiosa negra.
O lançamento deste trabalho marca uma mudança na carreira e imagem de Elvis perante a mídia e público adulto.
* Dois fatos curiosos dessa época:
-- em julho de 1956 - Elvis foi obrigado a usar um smoking na sua apresentação no programa 'The Steve Allen Show' NBC, TV Hollywood.
-- Em 1957 - Foi filmado da cintura para cima em sua participação no programa 'The Ed Sullivan Show', CBS Studios, Hollywood.
Fonte de Pesquisa: Elvis Presley e a Revolução do Rock
Adaptação de texto: Simone Fernandes
Elvis Presley Rei do Rock de Simone Fernandes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
Baseado no trabalho em http://elvispresleyreidorock.blogspot.com/.
Muito lindo seu blog, parabéns por todas as postagens será sempre um prazer estar aqui.
ResponderExcluirBeijos
Joelma
Obrigada Joelma!
ExcluirFico feliz que tenha gostado do blog. Volte sempre que quiser.
Abraços :)
Que era un Rey no hay dudas, él nació con un estilo propio y único como nacen los estrellados y fue su originalidad que lo llevó a consagrarse entre los mejores.
ResponderExcluirExcelente artículo Simone, como siempre un placer leerte.
Te dejo un fuerte abrazo, buen comienzo de semana!
Gracias querida Cristina por su visita y comentário.
ExcluirUn beso muy fuerte y un buen comienzo de semana para tí también :)
Hoy quiero que tu tarde
sea tan bella melodía
como la luz de la armonía...
★ ★
Un abrazo soñando
y un beso amando,
el fin de semana
que ya nos ha llamado
a la placidez y el descanso...
★ ★
Atte.
María Del Carmen
Gracias María!!
ExcluirBesos :)
┊☆*... HOLA SIMONE!
ResponderExcluir┊ ┊★*㋡
┊ ┊ ┊ ☆*.. CÓMO ESTÁS?
┊ ┊ ┊ ┊★*㋡
┊ ┊ ┊ ┊ ┊☆*... PASÉ POR AQUÍ
┊ ┊ ┊ ┊ ┊ ┊★*㋡
┊ ┊ ┊ ┊ ┊ ☆*... PARA DESEARTE
┊ ┊ ┊ ┊ ★*㋡
┊ ┊ ┊ ☆*... UN FELIZ DIA!
┊ ┊ ★*㋡
┊ ☆*... SALUDOS Y ABRAZOS!
Gracias Carolina!
ExcluirUn beso :)
Oi Simone. Além de tudo isso ele literalmente rolava com uma estátua de Nipper (o cachorro do logotipo da RCA) nos palcos. Tanto o barulho e confusão que ele gerou nos anos 50 que acho que um dos fatores que fez com que ele servisse o exército e depois voltasse com outra abordagem, outro foco. A gente percebe que a mídia (desde aquela época) só fala do que vê. O ponto de partida é o que é veiculado, aí jornalistas não correm atrás pra saber do outro lado da moeda. Assim é em tudo. Mas focando nesse período do Elvis, me faço alguns questionamentos.
ResponderExcluirEntre eles: Porque não falavam que Elvis era um cara família, temente a Deus, religioso, generoso, que antes de gravar em estúdio adorava cantar gospels com os amigos em volta do piano, isso ninguém falava.
Mas tudo bem, o tempo é o melhor remédio pra tudo.
Beijo do Baratta
rs é verdade Baratta. Nessa época eles só focavam o que Elvis fazia no palco e não tentavam ver o que ele era de verdade. A ida dele para o exército com certeza teve um pouco haver com isso, pois ele voltou mais maduro, mais disciplinado, com uma cabeça mais centrada. Eu tentei expor aqui a influência dele no comportamento na época, que ele fez o que ninguém teve coragem de fazer. Acho que até sentiram vontade, mas não tinha coragem. Nem acredito que Elvis foi corajoso e fez por querer, acho que era o jeito dele mesmo. Toda sua influência era sulista, ele vivia no bairro do blues, ritmos acelerados e sensuais dos negros. Mas sabemos que Elvis era muito mais que isso também, ele era sensacional como ser humano e tinha um amor à Deus de admirar.
ExcluirUm grande abraço amigo :)
A influência dele no comportamento da época foi uma verdadeira bomba atômica, rs.
ResponderExcluirObrigado! guarde esse nome: Di Fênix, desta vez o boato será verdadeiro! já é!
ResponderExcluirElvis está no Brasil! está reencarnado no Brasil e ele voltará!
Simone - Elvis mesmo, acreditava em vida após a morte, agora ele tem certeza de que ela existe!
ele não é David..., nem justin Bieber e muito menos Adam Lambert
Assim como foi um dia - ele é um garoto simples reprimido ainda, mas com uma bomba atômica dentro de si e prestes a explodir ( espere mais uns 3 anos no máximo) e grave esse nome: Difenix
Muito Obrigado Simone! Que Deus esteja com você!
antes
L.V.B
G.L
E.A. Presley
e agora Difenix!
Eu quem agradeço a sua visita.
ExcluirUm grande abraço ;)