CITAÇÕES SOBRE ELVIS II

"Era quase um felino. Ele parecia uma pantera negra no palco: cabelo preto, roupas negras, uma espécie de andar felino. A sala de espetáculos nunca foi  grande o suficiente para o que fazia. Ele parecia um animal enjaulado em Vegas, tendo visto a forma como se movimentava pelo palco e sua energia, que era muito animalesca. Ele tinha de cor uma enorme variedade de canções, às quais recorria a qualquer momento, em um ensaio ou até mesmo no palco. Ele começava a cantar alguma coisa, ou dizia: 'Me dê um mi', e alguém tocava o acorde e ele se lembrava da letra. Ele meio que se vangloriava do fato de podermos, de improviso, tocarmos muito bem uma música, mesmo se não tivéssemos certeza de cada detalhezinho." (Ronnie Tutt, baterista de Elvis -- sobre a performance no International Hotel, em Las Vegas -- 1969.)

"Fazia parte da diversão trabalhar com ele. Ele adorava brincar de desafiar a banda, e geralmente ganhávamos o desafio!" (Jerry Scheff, baixista de Elvis de 1969 à 1973, depois de 1975 à 1977.)

"Eu já vi o show três vezes e posso dizer que ele está sensacional - melhor que qualquer um de nós poderia imaginar. Ele está incrivelmente bonito, com talvez o melhor portfólio de filmes desde Rodolfo Valentino. O casamento não diminuiu o apelo sexual de sua atuação. Seu joelho esquerdo ainda treme conforme ele canta, sua guitarra ainda parece uma espécie de metralhadora fálica, enquanto que, com o microfone, parece simular um ato sexual." (Ray Connolly, do jornal 'Evening Standard, de Londres - sobre a performance de Elvis em 1969 no International Hotel, Las Vegas)

"O que variava nos ensaios era o lugar em que Elvis queria se sentar e fazer palhaçadas, além disso, ele não concluía nada, como se tentasse encontrar uma determinada canção. Então, meio que dependia. Se ele estivesse brincalhão no dia, não havia ensaio. Era como se dissesse: 'Vamos só zoar por duas horas'. Outras vezes ele entrava na sala de ensaio e dizia: ' Muito bem. Estão todos aqui? Todo mundo está aqui... Muito bem. Boa noite'. E não havia ensaio nenhum. Então, nunca se sabia. 'Mas viemos aqui para ver você ensaiar!' 'Ah, não estou com vontade de ensaiar.' Mas quando era hora de levar a sério, ele sabia exatamente o que queria. Ele era responsável. Cara, se alguém tocasse uma nota errada, mesmo que fosse imperceptível, ele percebia e dizia: 'Parem! Você tocou essa parte baixo'; ou 'Você estava mais adiantado que eu'; ou 'Ficou fora de ritmo'. E pensávamos: 'Como assim? Para mim, parecia ótimo'. Mas Elvis tinha um ouvido muito bom para música e conseguia corrigir esse tipo de coisa que ele poderia deixar passar que ninguém notaria. Às vezes, quando desafinava, ele zombava de si mesmo dizendo: 'Certo, não ficou muito bom'. Muitas vezes, os músicos e as backing vocals ensaiavam praticamente sozinhos: ele ficava sentado, só ouvindo, e às vezes cantarolava junto ou mudava coisa; o que ele não fazia muito era cantar. Mas cuidava dos detalhes, deixava tudo do jeito que queria. Ele sabia o que estava fazendo." (Sandi Miller, fã e amiga de Elvis -- sobre os ensaios nos estúdios da RCA, na Sunset Boulevard -- temporada em Las Vegas, 1970)

"Foi nesse fim de semana que eu, na verdade, me dei conta de que meu grande irmão Elvis Presley era o maior artista do mundo." (David Stanley, meio-irmão de Elvis -- sobre a temporada em Las Vegas, 1970).

"Quando chegava ao estúdio, ele entrava de braços abertos e dizia: 'Venha aqui, quero abraçar você', 'Pessoal, tenho de contar o que aconteceu'. Então, ele nos reunia em um canto e começava a contar todos os fatos engraçados que haviam acontecido nos últimos seis meses. Ele ficava duas horas contando histórias e parecia um encontro de um bando de adolescentes." (Norbert Putnam, baixista de Elvis)

Elvis Presley Rei do Rock de Simone Fernandes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
Baseado no trabalho em http://elvispresleyreidorock.blogspot.com/.