"Este blog é administrado por Simone Fernandes e não tem nenhum vínculo com fã-clubes do cantor. É somente uma forma de homenagear este grande artista, compartilhando suas histórias, respeitando seu legado, família, amigos e os milhares de fãs que existem no mundo todo."



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04/05/2014

ELVIS, O XERIFE DE MEMPHIS

Em meados de 1970 uma jovem mulher de Los Angeles, Patrícia Ann Parker, anuncia estar grávida de Elvis durante uma temporada em Las Vegas. A notícia repercutiu pela imprensa. Ann Parker, deu à luz um menino, e lhe deu nome de Jason Peter Presley, em 19 de outubro. O processo de comprovação de paternidade foi longo dando o que falar durante mais de um ano, até que finalmente, Elvis é inocentado em 26 de janeiro de 1972, devido a um exame de sangue (DNA) que comprovou definitivamente que ele não era o pai do menino.

Devido a esse caso, o advogado de Elvis contrata um detetive particular, um antigo responsável pela brigada dos narcóticos de Hollywood, chamado O'Grady, cuja presença se tornou essencial quando surgiam novas dificuldades.

Em 26 de agosto de 1970, enquanto Elvis honrava seu terceiro contrato no Showroom Internationale, um telefonema anônimo ao serviço de segurança do hotel anuncia seu rapto naquela mesma noite. As medidas de proteção habituais são reforçadas, e nenhum incidente estraga os dois espetáculos de Elvis naquela temporada.


Mas dois dias depois, outro interlocutor anônimo entra em contato com a equipe de Elvis, exigindo cinquenta mil dólares em pequenos lotes em troca da identidade do assassino encarregado de executar o cantor. O detetive John O'Grady é chamado com urgência, não o bastante para acalmar Elvis que estava temeroso, que chama novamente seus antigos guarda-costas, muitos dos quais haviam se afastado desde o seu casamento em 1967. Todos extremamente bem armados, e a maioria versada em artes marciais, dali em diante eles formariam uma guarda pretoriana oficial e conhecida por sua brutalidade.

As ameaças contra Elvis, desapareceram. Mas os efeitos de medo em Elvis acabaram se transformando em paranoia por longo tempo. Cada vez mais enclausurado em Graceland, mandando instalar um sistema de alta vigilância sofisticado e passava horas diante dos monitores espiando o movimento dos fãs perto do muro.


Toda essa angústia causaram em Elvis reações descontroladas, e ele não saía mais de casa sem seu colete à prova de balas, um Derringer escondido em cada uma de suas botas e um Colt 45 preso debaixo do braço ou junto do cinto. Esse pequeno arsenal de armas e protetores, vai se enriquecendo durante o outubro de 1970. Da mesma forma que os cavalos, três anos antes, sua paixão pelas armas de fogo ganha destaque em sua vida de forma preocupante: Elvis comprava  todo o estoque dos vendedores de armas em Palm Springs, Los Angels e Memphis. Encomendava munição por caixas. oferecia pistolas aos seu grupo e mandava fabricar estojos revestidos de ouro para suas armas prediletas -- em particular o PKK Walther que carregava em homenagem a James Bond.

Essa sua obsessão se junta ao fascínio por tudo que dizia respeito ao departamento de polícia. Fascínio esse vindo lá de sua infância pelos filmes  'nors'. Elvis passava horas assistindo reportagens sobre o FBI e as brigadas antiganges, multiplicando os donativos às famílias de policiais feridos ou mortos no exercício da profissão.

Durante esse período, a perspectiva de Elvis representar oficialmente a lei o seduz completamente. No dia 10 de outubro de 1970, ele é nomeado xerife-adjunto do condado de Shelby durante uma cerimônia particular na qual o xerife de Memphis lhe entrega um distintivo de verdade, bem como as algemas, o cacetete, a lanterna elétrica --, em lugar da placa honorífica que lhe foi dada no passado.

Essa nomeação o estimula ainda mais e sua paixão aumenta pelas insígnias oficiais que logo se transforma em frenesi. Em menos de dez dias depois, ele distribui a todos os seus membros de equipe, medalhas de ouro em que mandou gravar as letras TCB -- sigla para expressão 'Take Care Of Business', popularizada pela cantora 'Aretha Franklin' em 1967 na música 'Respect' ---, adornadas com um raio de desenho animado, ingenuamente esboçado por ele mesmo.
--> Essa foto foi tirada na época, onde mostra o Rei confortavelmente instalado numa ampla poltrona de couro, junto com seus 'discípulos'(Máfia de Memphis), entre os quais o pai (Vernon Presley), o primo Billy Morris, Lamar Fike, Jerry Schilling, Red West e outros.
Todos exibindo com orgulho suas estrelas gravadas com as letras TCB. Depois foram as esposas e companheiras deles a estamparem seus broches ornamentados com as iniciais TLC de 'Tender Loving Care'.

Elvis passa o tempo colecionando honrarias. Ofereceu um cheque de sete mil dólares à polícia de Los Angeles no início de dezembro, ao qual lhe rende um distintivo de comissário, mas Elvis sonhava com uma promoção ainda mais prestigiosa --- o distintivo do Federal 'Bureau Of Narcotics and Dangerous Drugs' (principal entidade de luta contra os narcóticos nos Estados Unidos. Elvis implora a John O'Grady que interceda em seu favor perante o diretor-adjunto do FBNDD, John Finlator; e o caso teria provavelmente parado por ái, se o cantor não tivesse assumido a questão.

--- mas isso é outra história! Conto outro dia.

Aguarde!


Fonte retirada do livro: Elvis Presley - E a Revolução do Rock, por Sebastian Danchin
Adaptação de texto: Simone Fernandes


Licença Creative Commons
Elvis Presley Rei do Rock de Simone Fernandes é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
Baseado no trabalho em http://elvispresleyreidorock.blogspot.com/.

2 comentários:

  1. Grande texto Simone. Elvis adorava uma insígnia. Nos dias de hoje, pensa na cena, em vez de chamar o O´Grady se ele fosse no programa do Ratinho hehe.
    Beijo do Baratta

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    Respostas
    1. kkkkk seria muito engraçado!!
      Um beijo grande amigo e obrigada pela sua visita :)

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Obrigada pela visita e comentário!

*Simone Fernandes*